segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Palavras duras proferidas impensadas, com sabor metálico, ardente de emoção, sem qualquer governação, provocadas por medos e por falta de algo, de nós, de momentos, de mais e de melhor...vida.
Vidas curtas, mas demasiado longa a espera para um determinado momento esperado, almejado desesperadamente, sem qualquer atenção ao presente momento crescente e tão importante.
As complicações amontoam-se na mente, no caos do mundano, na barriga, nos cabelos, nas unhas, sentindo uma exacerbada vontade de fugir, de alterar, fazer o que não se fará mais tarde pois só o agora existe.
E a mentira se confunde com a verdade, e a desconfiança com o seu contrário.
Parece quase uma traição, do mundo contra nós mesmos, quando na verdade nos enganamos a cada pensamento leviano acerca do que chamamos de real, de fatídico.
Teorias que já ninguém acredita e não acreditou nunca, porque é mais fácil repetir os mesmos padrões, do que mudar e criar uma forma de estar melhor, é mais fácil subjugar o mal ao destino e isolarmo-nos de todos, desacreditarmos todas as palavras e todos os sorrisos, porque um deles pode ser torto, pode ser amarelo, pode ser falso.
É difícil olhar olhos nos olhos, vermo-nos no outro, vermo-nos em nós. Ver seja o que for. É dificil caminhar na contra-corrente da multidão, parar e olhar para dentro, seguir o caminho que se teme por ser incerto e cheio de mudança, incerteza. Cegamos pela futilidade das coisas, da utilidade precária e passageira dos materiais, pela dificuldade em pensar, pelo medo em nos conhecermos e descobrirmos que tudo está do avesso, que não era nada daquilo e poderá ser tarde demais.
É mais fácil acreditar que é...tarde, ilusão, fantasia.
É dificil criar a própria realidade, diferente de todos, de todas, de tudo. Criar uma própria, nossa, querida, almejada, verdadeira, complicada, incerta, totalmente responsabilidade nossa!

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