No mundo há sempre duas metades de uma mesma coisa, o alfa e
o ómega, o yin e o yang, a esquerda ou a direita, o norte ou o sul, o sim e o
não, o positivo e o negativo. É assim que se subdividem todas as coisas. O
certo e o errado. E em relação aos sentimentos há o amor e o medo.
Os nossos pensamentos estão geralmente num destes lados,
quando na verdade o caminho é sempre o mesmo, o espaço é sempre o mesmo e o
tempo também é sempre o mesmo. Passo a explicar, porque as palavras podem ser interpretadas
de milhares de formas, cada uma delas pode levar a uma interpretação
completamente diferente, dependendo de que exemplos utilizamos, que
experiências tivemos, que consciência possuímos, que coisas desejamos, que
conhecimentos temos sobre as coisas e em última instância da capacidade que
temos em nos abrir para uma nova perspectiva ou permanecer agarrados aos que
acreditamos ou ao que nos levaram a acreditar.
O caminho não é mais do que aquilo que chamamos de vida,
quantas vezes usamos a expressão “é a vida”, se pensarmos bem, ela tem tudo de
fatídico como tem de real. É realmente a vida tudo pelo qual “passamos”, apesar
de que... - e estranhamente - quando acontece algo que nós desejamos para nós e está dentro das nossas expectativas
positivas nós não dizemos “é a vida”! Quando acontece algo que não gostamos
tanto assim, e achamos que não podiamos ter feito nada para evitar ou não queremos dar-nos ao trabalho de tentar aí sim, dizemos: 2è a vida"! Mas é sempre a vida, os bons e os maus momentos - pessoalmente acho que só não é a vida, quando estamos parados e paralisados no medo - mas tudo é vida, mais ou memos usada ou desperdiçada! E depois ainda me parece que os
bons momentos não têm direito a destaque, não se podem comunicar, nem opinar,
são segredos bem guardados, pois alguém nos pode roubá-los.
Há crenças tão ridículas como: “não posso contar às pessoas
pois elas vão ter inveja e isso é mau, vai-me trazer desgraça”. Calma! Então
tudo o que é “negativo”, por assim dizer - pois nada é verdadeiramente negativo
a menos que nós estejamos a considerá-lo de negativo, é uma percepção
individual, por vezes generalizada por um grupo maior de pessoas e daí tida
como “normal” – pode ser clamado aos céus, mas as coisas boas devem ser
escondidas, e nós achamos isso “normal”?
Deve haver algo de um bocadinho irritante nesta definição para cada um de vós, ou não? Não há nada a fazer, é assim e pronto! O que é mau pensa-se, fala-se...o que é bom...guarda-se, secreta-se, esconde-se, como se fosse algo mau...? Algo que não se merece? Algo que "os outros" não podem ter acesso! WTF?
Deve haver algo de um bocadinho irritante nesta definição para cada um de vós, ou não? Não há nada a fazer, é assim e pronto! O que é mau pensa-se, fala-se...o que é bom...guarda-se, secreta-se, esconde-se, como se fosse algo mau...? Algo que não se merece? Algo que "os outros" não podem ter acesso! WTF?
2 comentários:
Pois é, mas quando há algumas pessoas a falarem do que é bom e positivo, também acontece que há outras a dizerem que se mete nojo!!!
Escolhemos ouvir, escolhemos pensar, escolhemos ser. :)Hao que escolhemos e as consequências. Mas tudo passa, e as coisas têm a importância que lhes damos, têm a influência que permitirmos e cada coisa tem o seu contexto.
Erramos, irritamo-nos, sentimo-nos tristes e duvidamos de nós, dos outros e de tudo em geral, faz parte. Mas tudo passa, o mundo continua sempre...a vida também!
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