terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Caminho (parte 4)


Se percebermos que somos perfeitos não haverá ninguém que nos venha dizer o que temos ou não temos de fazer, passamos a ser nós mesmos! Passamos a saber e viver em conformidade com o que consideramos bom para nós, e na verdade sabemos. E se não for? É na mesma! Porque se aprende com todas as nossas escolhas, mesmo que elas nos levem a momentos desagradáveis, são meros momentos, a vida continua, os momentos sucedem-se, as problemáticas ultrapassam-se e tudo é um ciclo maravilhoso, e não uma vida de sacrifício e de abnegação, para que os poderosos tenham tudo e o tal “Deus” nos julgue como santos ou pecadores e depois iremos para os céus ou os infernos.

Fazer o bem não devia ser uma obrigação, porque se quisermos o bem para nós, e nós estamos todos ligados e somos na verdade uma unidade, automaticamente temos de o querer para o outro, mas o individualismo diz-nos o contrário, que temos de nos safar sozinhos, é uma forma de ver as coisas, mas não acho certamente a melhor. Mas não sendo possível ainda mudar o mundo, podemos começar por nós mesmos!

Não quero ter medo de afirmar-me feliz. Não quero mais deixar-me influenciar por quem diz que devo fazer o que parece certo aos outros, quero fazer o que me parece certo a mim, mesmo que caia num buraco, bata com a cabeça – claro que vou evitar isso, somos seres inteligentes – irei caminhar com a sensação de paz, sem me preocupar demasiado com o que vem, pois se hoje sou eu, se faço o que quero fazer, o que posso fazer com o espaço que ocupo neste momento, com certeza vou no próximo momento e no próximo a seguir a esse, também estar bem, sentir-me bem, porque hoje faço as escolhas que são acertadas ou parecem acertadas. Não sabendo o dia de amanhã, ambiciono um amanhã melhor, fazendo o meu melhor hoje.

As metas que tenho são semelhantes às de todos, não excluo a ambição, pois é um sentimento muito positivo, leva-nos a ser melhores e melhores a cada momento, não melhores que os outros, mas melhores do que o que éramos no momento anterior.

O medo vem da crença de que não conseguimos o que desejamos, porque não somos merecedores, capazes, ou que vai ser de algum modo mau ou pior. Sendo que o mau e o pior é a mudança. Sendo que a mudança contínua a ser vista como tenebrosa! Os resultados menos bons são desagradáveis em determinados momentos, mas servem sempre um propósito de crescimento e evolução, de nos conhecermos melhor e sabermos o que queremos a seguir, sem essa aprendizagem não sabemos que escolhas fazer, limitamo-nos a escolher o que nos dizem para escolher e os caminhos mais fáceis, mas que nada tem a ver com o que somos.

Sem experiência não haveria ciência. A experiência sem resultados não serve, pois não se saberia qual a mais certa, até pode haver muitas respostas certas. Os não resultados na ciência não são olhados como errados, são olhados como o caminho para chegar ao certo e depois continua-se a fazer mais experiências para saber mais ainda, a Vida e a ciência são semelhantes. Não se aprenderia sem todas as experiências, por isso afinal do que temos medo? 

Se soubermos lidar com os "não resultados certos" de forma compassiva, de forma positiva, de forma cíclica e com inteligência e bondade, sem remorso e sem culpabilização ou auto-massacre, conseguimos tirar as lições, e evoluir, continuar a viver cada momento de forma plena, única, consciente, em paz e feliz!

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