sábado, 14 de abril de 2012

Quem?

Vive-se hoje, tal como dantes, numa época. Numa época mas não menos numa sociedade, numa cultura e num ambiente. Cheios de normalidades, exigências, umbigos e alergias.
As pessoas vivem num paradoxo: extremamente individualistas, mas não se conhecem minimamente.

Pessoas vivem para si, sem si.

Não sabem nada, desconhecem tudo: o que são, quem são, o que querem, quem querem, o que não querem, o que fazer, o que dizer, o que não dizer, o que exigir, o que não pedir, o que esquecer, o que permanecer.

Não sabem, não conhecem, não mudam, e desistem!! Sem perceber que aqui não se tenta, aqui vive-se até ao último suspiro! Não se decide desistir, isso quem decide é o universo. E deram-nos livre-arbitrio e passamos a vida a ser paus-mandados a achar que precisamos de tanta coisa...de tanta gente...Porque nos atiram às ventras que sim, que precisamos deles, dependemos deles e lhes devemos pah!

Vivemos numa época que ficar parado 10 minutos é o que mais desejamos, mas quando podemos, inventamos uma qualquer distracção! Queixamos da falta de tempo para parar, enquanto estamos horas e horas distraídos da vida....de nós!

Viver é criar, criar é trazer de dentro para fora, mas tira-se de fora para dentro pensando preencher o vazio, preencher a vontade e a gana, a ganaaaa do fundo do seu ser que já nem é gana é desespero, desassossego, frustração constante e iminente desilusão, raiva, irra.

Criar o nosso mundo, é o poder que todos sabem ter, criam as suas fantasias, envolvidas nas problemáticas e nas mesquinhas crenças que tentam incutir, pressionam para que se viva a sua histórinha, rejeita-se qualquer outro cenário, gozando ou cruxificando.

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Hahaha estava a brincar!

Estava a brincar com a vida, a tua sim, brincava e divertia-me com a minha soberba individualidade porque a vida é o mais importante! A minha, sim claro, a minha! Hahaha! Que ela não sabe nada! Nada sabe....

Até quando andar às voltas de si mesmo sem entrar e esventrar e polir? Tomar conta da sua tripa, e parar de fazer contas às ventras alheias? Ohh desassosego não sei viver de outra forma, morreria nesse dia! No dia em que só teria a mim! So comigo podia contar, sem poder, sem controlo, só!

E ver a vida se ir, a minha...em ti! E ficar aqui! E viver finalmente!


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