Equinócio
Sinto a brisa do teu
toque por entre as breves paisagens do vento.
Ouço o gritar das
folhas que caem pelas mudanças do tempo.
Vejo as cores das tuas
gargalhadas suprimidas nos recantos do teu olhar, doce, amargo, fútil, sentido,
ser…
Longe, encostado,
mimado, frio, ter…
Estou tão cansada de
ficar parada no silêncio das músicas que enchem o cenário dos momentos fugazes
que não voltam mais.
Estou feliz por dançar
por meio dos rios e das árvores na alvorada das tardes, aclamando aos prantos o
fim do sossego…
Almejo os brancos
cisnes, na volta das marés, por entre os lugares insípidos, rastejando,
procurando o lugar cravado nas páginas do caminho divino.
Palavras soltas, perdidas,
encontram-se no coração de quem luta, na nostalgia do que possa fazer, sofrer,
sorrir, chorar e tecer a humilde fronteira entre o que não foi e o que se
foi…ou será.
Persistentes audazes,
ritmos que pululam, abrindo buracos e rasgos porque se perguntam, porque se
pedem, por ser mais do que se espera, por não querer mais do que estar, juntos,
amarrotado, suado, enrugado, ao teu lado…
14 de
Julho 2011
Otília
Trindade Pedrosa
Exposição: Inverno Artistico - com o tema: "Combate o frio com Arte".
Associação A(c)tua Aveiro
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