Solstício
Palavras frias colocadas em camadas
finas,
Congelando mesmo a alma mais pura…
Para nada servem, inundam ferozmente!
Soltam-se apavoradas sem sentido ou
brio,
Querem, desejam, gritam de vontade…
Foge, para o lugar onde não mais as
sentes!
Só, desamparo; vazio, desassossego,
Cala-te mundo, quando fecho os olhos…
Este frio não me abandona!
Palavras quentes pululam desgovernadas,
Algures no tempo, num lugar, numa
fantasia…
Pinto-as na mente, preenchem a
esperança!
Contêm-se no silêncio da madrugada,
Inundam os lençóis, perdem-se em
suspiros…
Vai, para o lugar onde mais as sentes!
Juntos, encontrados; preenchidos,
agitados,
Fala-me ao ouvido, quando te sinto com o
corpo…
Este frio não mais me incomoda!
18/01/2012
Otília Trindade Pedrosa
Exposição: Inverno Artistico - com o tema: "Combate o frio com Arte".
Interpretação de Dança na recitação deste poema - 3/2/2012
Associação A(c)tua Aveiro
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