sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O que é ser crítico?

Encontrei uma passagem sobre este tema num site (http://www.espacoacademico.com.br/084/84lima.htm) que diz o seguinte sobre a questão de se ser um ser crítico e toda esta questão do criticismo em termos gerais:

" Ainda que o cientista, ao fazer ciência, sabe que não faz “a”ciência, mas tão somente ele faz um enfoque, um ponto de vista, uma interpretação de uma dada realidade construída por ele, a atividade científica mais importante é crítica constante desta produção (DEMO, 1981, p. 25 – negrito meu).

Uma crítica apenas sustentada no argumento de autoridade é uma falsa crítica. Pode ser sustentada nos grandes nomes (Marx, Freud, Vigotsky, etc), mas o enunciado pretensamente teórico não passa de uma crendice nessas autoridades tomadas como infalíveis. Especialmente nas Ciências Humanas e Sociais tais “monstros sagrados” do pensamento são abusivamente evocados com uma espécie de cobertor curto para explicar toda ordem de problemas da realidade concreta. Para Demo (op.cit.), eles são substitutos modernos da justificação dogmática, típica da abordagem teológica.

Karl Popper considera o pensamento crítico como sendo não apenas um ideal básico da educação, mas a pedra fundamental da atividade intelectual consciente – especialmente da atividade científica. Na filosofia das ciências, Popper considera que “o ato de criticar e a discussão crítica são nossos únicos meios de aproximação da verdade”[3]. Para esse autor, a ciência se diferencia da pseudociência não por fornecer certezas, mas por sua abertura à crítica e a possíveis refutações. Assim, a atividade científica está sustentada na criticidade, mais exatamente no princípio de autocriticidade, que Popper denomina de “falseabilidade”.
"

Sabe-se que uma das minhas maiores e quem sabe até melhores (para quem eu não chateio em demasia) características é o meu espírito crítico, a capacidade de fazer um juízo qualquer em relação a quase tudo. Uma das coisas que aprendi a fazer nos últimos tempos foi a ouvir um pouco mais antes de criticar, aprender um pouco mais antes de opinar, e observar! Isto veio fomentar mais ainda esta minha capacidade crítica, e claro que, apesar de continuar um pouco chata (muitas vezes), ainda me falta imenso para me tornar uma crítica objectiva e com alguma lógica, visto que o maior problema dos críticos é nã conseguir sê-lo pois, geralmente, suas críticas envolvem sentimentos a respeito do assunto. Não há nada que me faça mostrar mais o tal espírito crítico, do que quando me pisam algum calo...

E como diz o autor daquele texto que transcrevi acima: "...a verdadeira crítica não se preocupa em apontar as falhas que parecem naturais somente ao outro, mas sim, ela se ocupa com os pressupostos de sua fundamentação e de sua própria autocrítica."

E é por isso que eu tenho como mais um dos meus aprendizados para este ano, aprimorar a minha capacidade crítica, tornando-a mais objectiva, tornando-me ou pelo menos tentar que a crítica assente em argumentos com fundamento e sempre o mais respeitosa possível.

Porque afinal de contas, ninguém é perfeito, muito menos eu!

(Sou só quase perfeita, porque um dos defeitos é ser demasiado convencida!lol)

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