quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Interpretações

Hoje volto com um tema batidissímo em monólogos neste blog.
Quando conhecemos uma pessoa, especialmente através das redes sociais as promeiras conversações são extremamente valorizadas, mas poderão induzir-nos em erro se queremos vedadeiramente conhecer as pessoas em questão.


Todas as nossas palavras dependem (a palavra que mais adoro, «depende») de inúmeros factores.
Depende da nossa capacidade de escrita, do nosso estado de espírito no momento e também da interpretação de cada um.


Por exemplo, se uma pessoa pergunta à outra como é que ela é, em geral...podemos estar num momento em baixo, com o ego e com o espírito e dizer "tímido e introvertido" mas se estamos naqueles dias best podemos para a mesma característica dizer "misterioso e independente". Claro que a intrepretação da primeira opção pode ser que a pessoa está a ser modesta e simples ou pode ser que deve ser uma grande séca e um tanto nerd. Da segunda interpretação podemos positivamente achar que a pessoa parece interessante mas por outro lado achar que é um convencido e aventureiro.


É crucial que não se façam interpretações baseado em palavras, se queremos realmente conhecer uma pessoa temos de passar tempo com ela, observar os pequenos pormenores, observar as suas acções, os factos...e não as palavras. Por muito interessante que seja o que se diz, o que se faz comprova o tipo de pessoa que temos à nossa frente e temos de t~e-la à nossa frente para ver, realmente!


E não nos podemos basear em um ou dois factos, temos de esperar para ver a big picture.


Porque num dia mau, num dia fatalista, numa fase em baixo, somos pessoa irreconhecíveis até para nós mesmos. Por isso as amizades demoram a consolidar-se, é preciso tempo...muito tempo.


Fazer juízos de valor em relação aos outros é complicado. devemos evitar. Somos, perante os outros, o que fazemos e não o que dizemos. Somos para nós muitas coisas que os outros nem desconfiam. É importantíssimo as pessoas se analisarem, pensarem nas suas acções e fazerem os tais "exames de consciência" de que já não se fala desde os anos 90!


Porque pensar passou a ser algo demasiado filosófico e intolerável?


Porque falar da vida passou a ser assunto de séca, de chatos ou chatas que não sabem quem são nem o que querem? Acho que é exactamente o oposto. Pensar em si e no outro...com calma, paciência e descontração, sem juízos de valor, sem críticas excessivas e simplistas, sem um «é assim» e pronto acabou, não se pensa mais nisso. Está errado e leva a tanto sofrimento...tantas zangas, tanta separação, tanto desamor!


Tempo...e Pensar. Use it wisely, abuse it, but just use it!

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