quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"É um grande privilégio ter vivido uma vida difícil." (Indira Gandhi)

tenho tentado ultimamente justificar-me imenso em relação às dificuldades da minha vida.
E já dizia um grande amigo meu, que quanto mais repetimos algo aos outros, mais significa que precisamos de acreditar nisso e estamos com dúvidas.

As dificuldades que tenho tido, tem-me levado a duvidar demasiadas vezes de mim mesma, porque a sociedade que nos rodeia é cruel, e leva-nos a acreditar hoje em que que tudo é culpa nossa, como se existissemos sozinhos e qualquer consequência é fruto da nossa acção. Como se não existisse o outro ao nosso lado e não fossemos influenciados pelas decisões dos que nos rodeiam.

É ireeal achar que existe esse individualismo, este existe apenas na nossa actual cultura moderna, é mais uma ilusão criada pelos que continuam a deter o poder e a inteligência para nos manter quietos!

As nossas acções têm consequências para nós, mas ás vezes não tem qualquer uma para nós...e só têm para os outros. Ás vezes fazemos coisas e só quem nos rodeia leva com as consequências...ou até levamos nós com as coisas boas e os outros com as más...e vice-versa! Não estamos sozinhos!

As dificuldades provém da interacção constante entre nós, os outros e o mundo! As decisões tomadas pelos governantes têm consequências para maior número de pessoas, aquelas tomadas pelos nossos vizinhos afectam menos gente, e as nossas...por vezes mais gente, por vezes mais.

Justifico-me, tento fazer ver aos que me rodeiam que as minhas dificuldades nem sempre têm como base uma decisão minha...Mas eu sou responsável por ter estado naquele lugar, àquela hora, junto daquelas pessoas. Mas não sou culpada das decisões que eles tomaram, em me enganar, me me explorar, em me ofender. Sou responsável pela forma como actuei após me aperceber das más desições de quem me tem rodeado.

E a minha decisão têm sido afastar-me e recomeçar!

Eu sou responsável por não me acomodar! Mas não sou culpada pelas dificuldades que tenho tido! Não as mereço! E não, não voltarei a defender-me perante tais acusações!

Vivam e deixem-me viver!

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