sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um dia do Ano 2010

Sou a assombração do mundo clássico, a submissão á modernidade, o relato energético da virada do milénio.
Sinto em mim o poder do universo, o cume da montanha mora em mim, sou a Lua e o Sol, de dentro para fora.
Sem medos, dúvidas ou preconceitos, vivo este dia com entusiasmo, com prazer e espontâneamente.

Preparei um assado no forno, delicioso...suculento. Arroz branco com leve aroma a alho e louro...uns legumes repousam no azeite e alho. Preparo-me para repousar num sofá, encostada à minha cabeceira vermelho rubi que combinam com a minha cortina magenta. O filme, uma comédia romântica de Jim Carey, o título "I love you Philip Morris" ainda não sei quem é o Philip Morris, mas podia-se chamar Otília Pedrosa, pois é o que sinto neste momento. Amo-te Otília Pedrosa, mereces tudo. Mereces o chão que pisas, o ar que respiras, mereces o momento em que te encontras, estás no lugar certo, na hora certa e no momento exacto da tua existência sublime e inexplicavelmente bem, em paz!

Porque tendo mil motivos para estar menos bem...me sinto bem. Quase um frio, quase uma frieza perante as mazelas do mundo e das coisas, que não se têm, um prazer e enaltecimento simplesmente, pelo que tenho, pelo que conquistei e possuo dentro de mim. Fora de mim...como perguntou uma personagem da minha vida ao olhar o meu quarto: "mas onde tens as tuas coisas todas?" eu respondi «perplexando» essa mente pequena que se acha tão grande e sabedora: "aqui, tudo o que preciso está aqui, mesmo à tua frente!"