terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A vida é como uma Livraria!

A vida, para mim, deve ser encarada como uma biblioteca.

Entramos numa biblioteca ou numa livraria e inspiramos conhecimentos, informações, aprendizagens. Nem sabemos bem por onde começar, nem qual livro pegar...vamos andando, deambulando...

Muito assustados, com a impossibilidade de ler todos os livros, sabemos que é impossivel numa vida apenas ler tudoooo...

Assustados porque não sabemos se vamos pegar no livro certo...temos apenas a capa e pouco mais para escolher ler e depois de ir a meio podemos aperceber-nos de que não era nada daquilo que queriamos, nem esperávamos e temos a escolha de: não acabar o livro, pousá-lo num canto a apanhar pó...ou lê-lo até ao final na esperança de dali a algumas páginas encontrar o que procurávamos.

A vida é assim também...temos escolhas a fazer. Quando escolhemos, não sabemos como vai correr. Temos de ir vivendo, tal como temos de ir lendo...

Há livros de bolso...há livros obrigatórios.

Há livros que se lêem numa rajada e não nos disseram nada...há livros que lemos por alto e nos ensinam muito.

Há livros que agarramos pela capa bonita para depois perceber que o conteúdo não nos preenchia.

Há livros que somos obrigados a ler, a resumir e a fazer um relatório...é duro, é dificil, mas no final ensinou-nos ou ajudou-nos a chegar mais longe.

Há livros e mais livros...e Há vida...e mais vida!

Que livro andas a ler?...Que vida andas a ter?

A escolha é tua!

Momentos Fugazes

Há momentos no nosso dia, acontece às vezes, quase sem nos apercebermos, só se estivermos muito atentos, em que podemos mudar o rumo da nossa vida.

Não são momentos de ruptura enormes, nem mesmo se conseguem distinguir mais do que distinguimos o horizonte quando olhamos para ele. São momentos fugazes que nos escapam muitas vezes...mas nesses momentos podiamos ter mudado a direcção em que seguimos.

Pode ser algo óbvio como uma proposta ou uma pergunta. Pode ser muito subtil, como uma palavra não proferida, ou uma palavra mal posicionada.  Pode ser extremamente dificil de ver, como uma pessoa que olhamos mas não vimos, uma frase que não nos disse nada, mas significava muito ou um olhar que não vemos.

Podemos estar tão desatentos, nos nossos pensamentos repetitivos; Podemos estão tão distraídos com as nossas responsabilidades diárias; Podemos estar tão surdos com todas as influências que recebemos dos outros; Podemos estar cegos com as nossas crenças pré-determinadas pelo nosso sub-consciente.

Mas há momentos em que podíamos ter mudado o rumo e talvez só muito mais tarde nos apercebemos que podíamos. Só quando já é tarde é que nos apercebemos....

Nessa altura, é exactamente nessa altura que temos a nossa 2ª oportunidade. Temos sempre uma 2ª oportunidade. Na verdade temos tantas oportunidades quantas as que forem necessárias.

Depende de nós tomar o rumo que achamos certos; depende de nós escolher o caminho que sentimos e não aquele que nos fazem seguir; depende de nós dizer chega, dizer não, dizer sim, dizer é agora, dizer eu quero já!

Quando nos apercebemos que perdemos, é exactamente aí que podemos voltar a tentar ou baixar os braços e dizer é tarde demais com uma qualquer desculpa juntamente ao virar costas!

Tudo o que acontece tem um motivo, uma reacção a algo que foi feito, uma lição que ainda não foi aprendida, um meio de nos fazer avançar, seja em forma de pontapé doloroso, ou outra forma qualquer, faz-nos andar para a frente.

Mas a luta não é dura, a luta é o caminho e por isso há batalhas que vamos vencer e outras que vamos desistir a meio e outras que vamos até ao fim. Tudo, mesmo tudo, todas elas, seja qual for o tempo dispendido nelas, tudo é a vida e faz parte! Não há injustiças...há a vida. E cada momento e cada acontecimento pode levar-nos a algum lugar melhor, se olharmos para ele da forma que ele nos poderá ajudar. Se nada ali nos pode melhorar e fazer avançar, é aí que sabemos que essa luta acabou, temos de pousar essas armas e ir em busca de um caminho e de uma batalha melhor.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Adele - Set Fire To The Rain (Live at The Royal Albert Hall)


É esta menina tem tantas mágoas, mas se isso faz dela esta cantora...venham elas!

Quanto mais estamos a sofrer mais em contacto com a nossa alma estamos e por isso, somos criativos, inspirados e levados pelas emoções mais puras e verdadeiras. Ela mostra isso através de música de forma perfeita!

Mas claro que há outras formas de estarmos em contacto com a nossa alma...mas isso é outra história!


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Interacções (des)Interessantes!!

A profissão que temos influencia muito a nossa vida social.

Consoante o que fazemos no nosso dia-a-dia, as nossas interacções com outros é diferente, especialmente no início da conversa, não bem bem no início, é assim logo a seguir às frases clichê!

Primeiro: o típico olá; estás bem; o tempo; a crise...
Segundo: Se se falou em crise as frases clichê: "tá mau" "Pois tá" "É a vida" "Temos de nos safar".
Terceiro: Depende da profissão e daí podem vir de 2 a 10 minutos de conversação!

Pois bem vou tentar fazer uma lista mais ou menos certeira e começo pela minha profissão:

Professora de Educação Física - "Tenho mesmo de começar a fazer exercício, estou gorda(o) não achas?!"

Dentista - "Há séculos que não vou arranjar os dentes, ando aqui com umas cáries, olha aqui este dente...(abertura da boca e bocejo de mau hálito para cima do amigo)!

Informático - "É pah ando com uma cena no computador, não percebo bem, aquilo deve ser um virus ou alguma coisa que cliquei, havias de me dar uma olhada...!" (Revirar de olhos do informático)

Contabilista - "Este ano podias fazer-me o irs? É que eu quero ver se este ano em vez de pagar ainda recebo, temos de arranjar aí um esquema qualquer! Heheh!" (pensamento do contabilista: "nota mental: nunca mais cumprimentar esta pessoa")

Professor (jovem) - "Vocês é que estão bem, funcionários públicos, a receber direitinho, mais de mil euros ali todos os meses" (Realidade do professor: desemprego ou atura os putos sem educação ou disciplina, vive frustrado com pressão para terminar a papelada toda em mãos, ganha menos de mil euros e não vai mais de férias nem compra prendas de natal a ninguém)

Jornalista - "Isso é que vida boa, viver de falar da vida dos outros" (ajudem-me a saber o que pensa um jornalista ao ouvir estas coisas...na verdade não sei! :P)
Actualização posterior - Segundo uma jornalista amiga o que mais ouve é: "então, esses políticos?"

Político - Não sei nunca vi nenhum, nem conheci nenhum! Eles passam ao lado da plebe.

...continuação em breve!

Taralhoquices!

Hoje está um dia lindo, sol, calor, pouco vento...


Mesmo assim acordamos cheios de preguiça, meio zombies, dificuldade em pensar.


Decidi criar um objectivo mínimo para o dia de hoje, de forma a chegar à caminha mais logo e sentir que tudo o que podíamos fazer hoje, pelo menos tentamos fazê-lo. 


Dessa forma, podemos dizer, missão cumprida por hoje. Agora, só mais amanhã!


Cá vai:


1- Desejar bom dia e boa tarde a todas as pessoas que vir com um sorriso (eu sei vou meter nojo a algumas pessoas).
2- Rasgar o universo de alguém (ou a mais que uma) com uma acção (positiva).
3- Tentar arranjar pelo menos mais 3 pessoas com vontade de se superarem e melhorarem a sua saúde e bem-estar. 


É vago...assim tenho mais espaço de manobra!


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rabos e Filosofices

Eu acho extraordinário a quantidade de vezes em que isto me acontece:

Estou a lançar o meu melhor sermão de Santo António aos Peixes, acerca da vida, do amor ou outra filosofia de vida qualquer cheia de positivismo e motivação, alegria e mudança, luta e prosperidade...

E o locutor do outro lado, completamente absorto a olhar-nos nos olhos atentamente, exclama subitamente no final da história belíssima, com uma moral fantástica algo como:

"Lia... achas que o meu rabo está assim muito flácido?"


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A bicicleta!

A bicicleta teve na minha vida até então significados muito diferentes.

Quando tinha...julgo que uns 4 anos o meu pai comprou-me a minha 1ª bicicleta. Eu não descansei enquanto não consegui livrar-me daquelas rodinhas que ele colocou de lado, sendo que, queria começar logo a andar nela e a viajar pelo mundo (o meu mundo era mais pequenino na altura, assim como eu também).

Depois de anos a rolar pelo mesmo pátiozinho às voltinhas e pelo mesmo parque a ir dar de comer aos patos e cisnes, viemos (a familia) morar para a Gafanha, que é também uma vila de bicicletas, para a minha sorte, tudo plano. Nos primeiros anos ía a pé para a escola primária com a minha irmã, apanhávamos outras crianças pelo caminho e tinhamos quase sempre companhia na volta também. Era uma caminhada de 15 minutos e a minha mãe só me acompanhava nela no 1º dia de aulas no início do ano em Setembro e até nisso, na 3ª classe já não era preciso, apesar de eu no fundo o desejar.

Quando cheguei aos 11 anos ganhei uma bicicleta novamente, era demasiado grande para mim, mas claro que já estavam a pensar no pulo que iria dar dali a nada...e dei! Com 13 anos era a maior da turma (ultrapassada pela minha irmã por 1 centímetro o que tinha de ser sempre vincado com firmeza por ela).

Usar a bicicleta, era apenas um meio para chegar a algum lado. Passear de bicicleta tinha sempre um objectivo específico que se relacionava com o ponto de chegada. Ou ía para a escola, ou ía para a casa da amiga, ou ía para o parque ver os skaters e os bikers (isto já a chegar aos 15 anos).

Ía de bicicleta para o basquet quando podia, ía de bicicleta para a ria para ir fazer canoagem. Usava a bicicleta para ir para a praia, para as festas, para os primeiros encontros românticos nas dunas das praias da Barra ou da Costa Nova (esta última onde dei o meu 1º beijo o que me fez ter de ouvir as amigas a cantar-me a música "Dunas" até se esquecerem desse fatídico dia).

Entretanto tirei a carta de carro, logo a seguir, fui estudar para Coimbra e larguei a bicicleta de vez. Andei pelo Brasil, onde bicicletas também não se vêem muito, e depois de terminar o curso voltei para casa e comecei a fazer aquelas coisas espectaculares que faço ainda hoje...actividade física em geral, ginástica localizada e Cycling!

Cycling é um dos termos que se dá a andar de bicicleta estática dentro de 4 paredes geralmente.

Depois de anos a andar numa, nunca imaginei ter um dia um trabalho que me faz pedalar e ainda mais pôr outros a pedalar ao meu ritmo sem qualquer objectivo de chegada, apenas de caminho. O objectivo é pedalar, por pedalar, pelo exercício e pelo movimento em si. Uns pedalam para emagrecer, outros para treinar para o BTT, outros para treinar para a melhor forma e eliminação dos males do tabaco. Há quem pedale porque gosta da música ou pelo que esta modalidade faz aos nossos rabinhos e coxas (awee).

Adoro. E sei que o meu percurso desde criança a pedalar fez com que hoje esta seja a minha modalidade forte, não só porque pedalar faz parte de mim, da minha vida, mas porque o meu corpo tem este movimento interiorizado, tal como temos o caminhar.

O meu trabalho é exercício e com a crise instalada as pessoas deixam ainda mais de cuidar de si. O que está errado.

Eu (vulgo nós) devia ser a profissional mais abastada e com mais trabalho, porque todos os 7 biliões de pessoas do mundo, ou pelo menos a parte mais ocidental, moderna, sedentária e com elevado risco de doenças cardíacas, deveriam exercitar-se com o objectivo de se mimarem, terem mais saúde e viverem bem e mais tempo.

Ainda uso a bicicleta de cestinho que a minha mãe tem lá em casa para ir até ao café ou até à praia.

Sabe mesmo bem...Mas o que sabe ainda melhor, é estar em cima de uma bicicleta a olhar para as expressões motivadas e energéticas das pessoas à minha frente a obedecer aos meus comandos ao som de uma música alta, cheia de batida!

Sabe mesmo bem, ver que o esforço vale a pena, que saem das aulas revigorados, mais vivos, mais felizes com elas mesmas, menos stress, mais sorriso!

Sabe mesmo bem, a mim, a vós. E espero que em breve tenha a oportunidade de voltar a sentir isso. Porque isso faz parte de mim e é algo muito bom que tenho para dar!

Vemo-nos numa bicicleta um dia destes...na estrada, na sala, nos sonhos ou no céu!

http://www.facebook.com/pages/PseudoCertezas-Blogspot/335845406436265

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Carreira Profissional

"É comum perguntar-se às crianças: "O que você quer ser quando crescer?" Nessa fase, geralmente temos muitos sonhos. Sabemos que queremos ir à lua ou pilotar o avião mais rápido do mundo; salvar animais em extinção ou fazer uma brilhante descoberta científica que transforme a vida das pessoas. 


Ainda não temos idade para pensar no mercado de trabalho, na administração do orçamento doméstico nem em como nos manter e sustentar nossa família. 


Temos apenas nossos sonhos e a secreta certeza de ser únicos, predestinados a realizar algo de muito especial na vida. Mesmo que nossos pais tenham outros sonhos para nós, sabemos a diferença entre os sonhos deles e os nossos. Quando crianças, ainda somos capazes de ouvir a voz do espírito.



À medida que crescemos, as coisas vão mudando. As pessoas nos dizem: "É melhor começar a pensar no que quer fazer de sua vida. Como é que você vai se sustentar?" O tempo de sonhar chega ao fim; precisamos "enfrentar a realidade" e pensar em como sobreviver neste velho mundo, vasto e hostil. 



A sensação que tínhamos de ser especiais se apaga diante das altas taxas de desemprego, da competição acirrada pelas vagas disponíveis e das crises e reviravoltas econômicas, que nos levam a achar que será muita sorte se conseguirmos um emprego, qualquer que seja ele. 


E se estamos insatisfeitos nesse emprego ou somos demitidos, nos sentimos desvalorizados e desconfiados de nossos sonhos e aspirações mais profundos, simplesmente porque talvez não haja nenhuma outra oportunidade de trabalho. 


E mesmo que haja, é provável que já tenhamos perdido há muito tempo a capacidade de ouvir a voz do coração e de sentir que temos algo muito especial a fazer na vida."


www.astro.com

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Roger Waters!



A minha querida amiga Sónia ganhou 2 bilhetes para ir ver o espectacular concerto "The Wall" que outrora foi interpretado pelos Pink Floys (1979).

Foi uma noite cheia de aventuras, espectaculares e também inacreditáveis.

Desde o melhor do mundo, música, união,

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Estamos sempre a aprender!

Nos últimos anos tenho tido a sensação que não tenho aprendido muita coisa, penso que essencialmente por ter ficado como se diz em inglês: "stuck".
Houve um aprendizado que me custou a interiorizar e por isso tenho ficado meio bloqueada nesta coisa das lições de vida. Na verdade talvez haja mais do que um, mas a simples consciência deste, penso que me está a fazer evoluir em certa parte imenso.
A maioria das lições que tento ensinar aos que me rodeiam passam por consciencializá-los de uma questão, e a partir daí essa problemática evolui e acaba desaparecendo aos poucos.
A minha última lição, e já falei dela aqui anteriormente, tem sido o culto à paciência.
A maioria do stress nas nossas vidas deve-se ao querer tudo, e para ontem!
O stress tem um antónimo que é a paz e a serenidade. A paz e a serenidade por sua vez tem como sinónimo a paragem de usar como constante nas suas vidas a preocupação. E a preocupação constante é quase como os pelos do corpo que não param de crescer por muitos tratamentos que  os sujeitamos diária e semanalmente.
Perceber que  dia tem apenas algumas horas e que apenas dispomos de algumas armas, algumas oportunidades, algumas possibilidades de o modificar, de o melhorar, de o tornar mais próximo do que queremos.
Perceber que o mundo anda a uma velocidade constante e certa, que a natureza que nos rodeia demora a crescer, que tem ciclos, que não podem ser acelerados, não podem ser fertilizados sem consequências muitas vezes nocivas para a nossa própria vida e felicidade.
Perceber que as coisas não acontecem no ritmo que desejamos e que o obter não tem sabor, o que o tem é mesmo o mastigar, tal como a comida só tem sabor quando mastigamos e depois de engolir desaparece. É a vida e os desejos e as vontades são assim, existem quando olhamos para eles, quando não os temos ainda em nós, e depois de os mastigar, rapidamente desaparecem e começamos logo a desejar mais ou outra coisa qualquer.
Perceber que é o caminho, com todas as suas dificuldades, com todos os esforços, com toda a panóplia de incertezas e dúvidas que forma aquilo a que chamamos de vida.
É difícil.
Requer aceitação de uma enorme quantidade de premissas a que não estamos acostumados.
Requer rejeitar todas as informações que nos são ejectadas no cérebro diariamente pelos nossos pares, pelos meios de comunicação, pela pressão constante do mundo material.
Requer aprender a ser diferente da maioria, aceitar a rejeição e a repreensão que vem junto com o bater do pé para uma forma de vida espiritual e imaterial mais importante do que a materialista busca de felicidade através das conquistas de coisas, de itens, de valor percebido pelos outros.
O mundo move-se segundo os Maias (e não só) na direcção de uma descoberta destas premissas, é simples, abertura da mente para o mundo além do material, para a descoberta dos verdadeiros “eu’s” de cada um, em detrimento de busca de seres pré-determinados pelo mundo consumista e teconlógico.
Não é uma tarefa fácil, não tem sido, mas já que agora o próprio Universo se diz estar preparado para entrar nesse ciclo, leva-me a crer que poderá ser cada dia mais fácil, cada dia será mais bem sucedido.


E leva-me ainda a crer que não estarei sozinha nessa busca.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"Namore uma mulher que lê... ou uma que escreve"

Raramente coloco no blog post que não sejam da minha autoria, mas este é mais um daqueles que vale mesmo a pena, pela sua assertividade e simplicidade toca em algo que me deixa ilesa, o mundo visto pelos olhos de quem lê, o mundo incompreendido de quem escreve:


"Namore uma garota que lê.

Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.
Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.
Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro. Compre para ela outra xícara de café. Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, Cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa. É que ela tem que arriscar, de alguma forma. Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois. Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.
Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo. Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.
Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê. Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve."

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Speed dating

Existe um fenómeno engraçado a ocorrer no país, algo novo para o nosso mundinho lusitano, mas estamos bem fartos de o observar em filmes, séries, documentários.


Trata-se do Speed Dating - http://speedatingla.no.comunidades.net/


Poder-se-ia dizer logo iiiiiiiiii, SHHHHHHH ou um simples lolol


Mas analiasando a ideia, dessecando um pouco o conceito, eu acho giro. A ideia de conhecer 10 ou 15 ou 20 pessoas do sexo oposto, ter apenas ou quiçá felizmente, só 4 ou 5 minutos para estar com essa pessoa, é aliciante.


5 minutos não é tempo suficiente para que se diga que se trata de parolice de engate, porque...são apenas 5 minutos, não dá tempo para quase nada...Se a pessoa for parola e estiver ao engate, vê-se logo e ela vai dar uma curva dali a nadinha e não temos de a ver nunca mais. Se a pessoa for interessante, poderá haver mais contacto virtual, trocas de e-mail, facebook e eventualmente outro encontro pessoalmente.


Se conhecer pessoas é mau, o que se dirá de conhecer dezenas de pessoas virtualmente? A diferença é que estamos presentes, as relações são estabelecidas no presente, em tempo real e com os 5 sentidos alerta!


O que poderia ser mais divertido? Ir a um bar cheio de barulho e com gente a olhar discriminadamente, sem qualquer pretexto para iniciar uma conversa? Geralmente já com copito a mais no bucho e sem qualquer arte para se mostrar interessante porque estamos na noite e na noite é sempre a mesma coisa?


Está realmente na altura de nos modernizarmos, de aumentarmos as possibilidades e as oportunidades de conhecer pessoas reais.